Em 'Fala sério, amor!', Malu, ela mesma, a Maria de Lourdes, moradora da
Tijuca, filha da Ângela Cristina, está de volta para contar suas
descobertas amorosas desde a infância até o fim da adolescência. E a
menina está afiada. Os 'ficantes', os rolos passageiros, o namorado
grudento, o ciumento, os doidos que aparecem pelo caminho, os fofos, os
pais dos namorados, os seus pais e os namorados... ela sempre tem uma
boa história para contar. Sorte das leitoras, que certamente vão se
identificar com as muitas alegrias e furadas em que a Malu já se meteu e
rir junto com ela.
O primeiro namoro da Malu foi aos sete anos, nada de beijinhos, apenas
olhares apaixonados e mãozinhas dadas no recreio. Aos 10, ela descobriu
os expedientes incríveis que os homens são capazes de usar para
dispensar uma mulher - foi quando o Mateus, filho da vizinha, arrumou um
pato psicopata, como desculpa para terminar o namoro, que, aliás, já
não ia mesmo muito bem. Depois, ela conta como foi o primeiro beijo de
língua, aos 12 - 'Na boa, achei muito, muito melado. Uma baba só. A
língua dele rodava que nem uma manivela, parecia querer brigar com a
minha!'
Há episódios impagáveis do início ao fim. Como o namorado que pega a
Malu depilando o buço em casa com um cera de farmácia. É claro que o
Tavinho não sabia que a Malu depilava o buço - aliás ele nem sabia o que
era buço, e o que era para ser uma maneira simples e eficaz de
economizar a mesada virou uma grande confusão. E o que dizer dos meninos
que insistem em falar com a namorada com voz de neném? A Malu
simplesmente de-tes-ta ser chamada de 'pinxeja' e afins. E por aí vai.
Espirituosa e bem-humorada, a protagonista divide com as leitoras suas
experiências nem sempre agradáveis com os meninos e a eterna vontade de
beijar muito, ser feliz e encontrar o par perfeito.
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